Azul da cor do mar
Por mares nunca dantes navegados
lá está minha utopia
É sonho sonhado,
malfadado,
sem maresia,
apenas triste melodia.
No azul de seus olhos
sei que há desencontros
volúpia e lascivia.
Meu barco está ancorado numa ilha perdida
e lá estou a esperar seus beijos secretos.
Sussuros rasgados ao vento.
Densos e tensos,
como deve ser a dor do amor.
As nuvens sugam meu pranto
tornando cálida a manhã
tênue e fugaz como deve ser
os amores platonicos
que se esvaem num outono.
Zizi Palloni Somense, junho/21