TOQUE DE RECOLHER:
ACOLHER OU NÃO?
Como uma sociedade inteira pode aceitar
tal imposição? Isto vai contra a liberdade de
ir e vir da sociedade, direito consagrado após
a Revolução Francesa... E que faz parte das
cláusulas de nossa atual Constituição. Os estabelecimentos
comerciais que são obrigados
a fechar por perigo de atos de vandalismo deixam
de recolher o fruto de seu trabalho, porém,
os impostos do dia deverão ser pagos e
a segurança que os impostos pagam, por que
permitem tais ações?
O cidadão que paga impostos é obrigado a
se recolher, tornando-se um boneco marionete
em mãos criminosas, mas para tirar a sociedade
de circulação o trânsito virou um caos, as
escolas dispensando seus alunos por medo de
ações criminosas, o comércio fecha suas portas,
tudo para. Todo mundo correndo e querendo
se recolher no recesso do lar e, silenciosa,
a população assistirá a toda movimentação
dos que não se recolheram na “telinha”. Toque
de recolher signifi ca o sinal de que os soldados
devem voltar para o quartel, porém, dessa
vez não é dado pelo seu superior, mas sim por
rostos ocultos, recolhidos e anônimos, que utilizam
a falta de segurança no país para instalar
um caos social!
Pergunto-me: até quando isto vai acontecer
no Brasil? Lutamos tanto pelo fi m da ditadura,
que nos impunha o toque de recolher,
buscamos um país democrático, participativo.
A fim de quê? De aceitarmos hoje um toque
de recolher anônimo, oculto, conferindo ao
mesmo grande poder sobre a sociedade, que
se torna enfi m muito mais poderoso do que o
toque de recolher imposto para a sociedade na
década de 60. Nesta época havia uma motivação
de, apesar do toque de recolher, tramar
reuniões às escondidas para criar formas de
protestar contra aquele estado de coisas e por
fi m ao fi m das liberdades individuais. Hoje, o
que estamos fazendo? Resta-nos um protesto
no facebook, na página do jornal, mas quem
efetivamente pode mudar o caos instalado, senão
a segurança pública que vem sendo alvo
há meses de atos terroristas sem solução?!
Se as polícias, responsáveis pela segurança
nacional, vem sendo sendo dia a após dia
abatidas como carneiros por ações terroristas,
diante deste caos social, quem terá respaldo e
segurança? (Professora Zilda Palloni Somense,
Rio Claro - SP)

Obrigada a todos que acessam diariamente meu blog!

Estou trabalhando muito em meu TCC e por isso não estou podendo postar aqui com constância!

Mas espero voltar em breve e elaborar novos posts como resultante de minha aprendizagem!

Na vida aprendemos todo minuto, segundo, e estou louca para compartilhar com vocês! abraços a todos!

Profª Zilda!

Você recebe assédio moral?

Nem todos conhecem este termo: Assédio Moral. Vamos ver então o que significa. 

Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.

A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida Barreto. Tema da sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/ SP, sob o título "Uma jornada de humilhações". Nesta conceituação do site www. assediomoral.org. Quando o funcionário é exposto ao ridículo por não cumprir metas; quando o chefe  ou patrão  persegue o funcionário, quando o funcionário sofre pressão psicológica para a empresa conseguir resultados, são alguns exemplos. Acredito que até nós, funcionários publicos estamos passando pelo crivo do assédio em relaçao a bonificação por resultados anual. A Unidade que não atinge metas estabelecidas, e muitas das não não dependem especificamente dele, mas da escola num todo, é sentenciado com um bônus de valor ínfimo, como ocorreu este e a ano passado na rede estadual de ensino do Estado de São Paulo. Recebi este ano o valor absurdo de R$ 24,53. segue abaixo a cópia da folha de pagamento:

Demonstrativo de Pagamento

Nome
ZILDA PALLONI SOMENSE 








Líquido a Receber
24,53
Alteração de Exercício/ Cargo em Comissão
 
Legenda da Natureza (Nat.) 
N = Normal        D = Devolução     E = Estorno
A = Atrasado      R = Reposição


Estou retirando alguns dados a fim de manter preservados dados particulares e da instituição a que pertenço.


No ano de 2011 recebi este valor, e este ano de 2012...nada recebi! quando você pensa que a coisa está ruim, cuidado ela pode piorar....
Como fica complicado lutar contra o sistema, você acaba se calando diante do assédio moral!





Após leitura e análise do artigo de Leandro Karnal “Veias fechadas da América Latina”, uma análise do clássico de divulgação histórica da América Latina: As Veias Abertas da América Latina, do autor uruguaio Eduardo Galeano, um jornalista-escritor. Leandro Karnal, um historiador especialista em História da América, trouxe à tona um debate enriquecedor sobre a tese que Galeano desenvolveu: a questão de olhar a história da America pelo ângulo dos vencidos, e pelo ângulo da exploração externa em sua trajetória. O que mais intriga Karnal, não é tanto as ideias defendidas por Galeano na obra, mas sim o sucesso que a mesma alcançou entre os leitores.
 De acordo com ele, a leitura de Veias abertas da América Latina, vem de encontro com a maneira que os sul-americanos enxergavam sua própria história. Para provar sua tese, Karnal atenta primeiramente para o ano que a obra Veias abertas da América Latina foi lançada, estávamos no ano de 1971, período tenso na historia do Brasil e de toda a América - Os regimes militares pipocavam, e talvez esta uma grande razão para o sucesso da obra, pois ia de encontro com o modo de pensar dos leitores - segundo Karnal muito do sucesso da obra tem a ver com o pensamento da sociedade durante a Guerra Fria, de que os governos militares aliados do capital internacional estavam permitindo a exploração de nossas riquezas. Esta ideia de Karnal encontra ressonância com o pensamento de Peter Drucker “o verdadeiro comunicador é o receptor. Ao escrever é preciso perguntar-se: quem irá ler este texto?” Em que condições?”(Rogério Lacaz-Ruiz). Dessa forma, faz todo o sentido observar que o sucesso de Veias Abertas da América Latina, teve grande recepção, devido ao momento histórico vivido na América, o próprio nome da obra segundo Karnal “... é uma metáfora do título expressa esta tese central: a América Latina é um corpo com as veias abertas, com seu sangue abastecendo “vampiros” da Europa e dos EUA. (in: Karnal, L.; As Veias Fechadas da América Latina, 01/12/2001, www.ceveh.com.br, Revista, SP, BRASIL (site atualmente desativado).
Para ele “o gosto por uma obra ou a rejeição de outras mostra muito da forma como uma sociedade age e pensa. Aquilo que é lido ou que não é lido mostra, com clareza, uma gramática da percepção e os valores de uma época.” (ibidem, p.3) Demonstrando assim que a obra representava a maneira de como os latino-americanos se enxergavam naquele momento histórico de repressão e suspensão das garantias individuais do cidadão em defesa do capitalismo norte americano, em plena Guerra Fria, e da maneira como o norte americano e o europeu nos concebiam.
Leandro Karnal nos mostra que a critica mais contundente ao livro de Galeano foi feita por Plínio Apuleyo Mendoza (et alt), na obra intitulada Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. Sendo uma critica neoliberal e de estilo panfletária encontrou grande aceitação. Os autores não aceitavam a ideia de Galeano quando afirmava que a America Latina sempre tinha perdas em relação ao comércio internacional, para eles o comércio beneficia a todos, inclusive a organização do Nafta é citada como um exemplo favorável de beneficiamento mutuo. Segundo os autores de O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano “... seria tudo isto derivado de um “horror ao mercado” e a ignorância dos mecanismos de flutuação dos preços neste mesmo mercado. ”Leandro Karnal afirma que os autores do Manual afirmam que se um país souber aproveitar as oportunidades inteligentemente, serão beneficiados, citando os casos de Estados Unidos e Nova Zelândia. Enfim, Karnal simplifica as duas obras oponentes a partir das ideologias de Adam Smith e Marx, pois é uma luta visível entre as mesmas nos autores das duas obras: Veias Abertas da América latina e Manual do perfeito Idiota Latino-Americano.  E numa terceira critica, Karnal aponta o maniqueísmo de Galeano quando trata na obra, “... índios/espanhóis; ricos/pobres; latinos/anglo-saxões etc é uma das chaves do sucesso da obra.” (ibidem, p. 5).
De acordo com Leandro Karnal, este é o pior problema da obra de Galeano, pois faz uso o tempo todo, de uma retórica “... quanto a retórica é o único objetivo, temos problemas como o anteriormente citados e a submissão de toda a análise às frases bombásticas e às ideias de efeito. (ibidem, p. 7). Karnal acredita que ele utiliza este estilo a fim de comover o leitor para a exploração dada na construção histórica da América, desde sua colonização. Como se na história da América nunca tivesse havido lutas e organização dos “vencidos” contra os “vencedores”. Leandro Karnal finaliza o artigo declarando que tratar a história da América Latina desta forma esvazia as possibilidades de enxergar suas contradições cotidianas que impulsionam sua construção histórica e não  apenas dando ênfase às forças externas como responsáveis pela construção da mesma.
Apontaremos nesta análise, o capítulo 3 “Os americanos lutam por liberdade”, do livro didático Projeto Araribá: História / organizadora. Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Maria Raquel Apolinário. – 2 ed – São Paulo: Moderna, 2007. O título e subtítulos clareiam a opção ideológica dos organizadores de mostrar que a independência da América foi conseguida graças a organização dos povos americanos, que submetidos a exploração colonial, participaram ativamente desse processo, analisa desde os levantes dos povos nativos liderados por Tupac Amaru, descendente inca que liderou uma das primeiras revoltas indigenistas do Peru.
Não inicia o estudo, como se vê em vários livros a partir da independência norte americana, mas ao contrário, inicia com os movimentos dos países do sul, passando para a America do Norte, atentando para o fato de Bolívar buscar uma unidade da América hispânica.
O livro desenvolve outro tema, cujo título México Livre, apoiado por imagens como o quadro de Juan O´Gorman(1961), em que se vê o padre Miguel Hidalgo como líder da independência mexicana. No mesmo capítulo,  analisa os processos de independência na América Central, evidenciando a participação da população, inclusive o papel de índios e escravos, que começavam a aproveitar o movimento de independência instalado para se revoltarem, fazendo assim a Elite proprietária tomar a liderança da independência em seu favor. Num boxe de leitura, pede-se que o aluno perceba a política intervencionista americana nesse processo. Os exercícios realçam este resgate das lutas populares no processo de independência latino-americano e da herança do período colonial: contrastes e desigualdades.
Para finalizar, o livro tem um apêndice de capitulo chamado “Em foco”, cujo título nos dá a dimensão da posição dos autores quanto à independência latina americana: Os indígenas na América independente, questionando-a, explicando os resultados da mesma para as populações indígenas – suas estratégias de resistência e a vitória da “civilização” (grifos dos autores) sobre as populações indígenas, vistas como bárbaras, apresenta também formas que os grupos indígenas latino-americanos encontraram para subsistir, como a organização de mercados para intercâmbio econômico entre eles, inclusive devido a isolação de sua população, conseguiu a façanha de manter-se incólumes à Revolução Industrial e os efeitos da globalização começa evidenciar devido a presença de artigos chineses e artigos de origem paraguaios.
Percebemos enfim, que a linha histórica seguida pelos autores do livro Projeto Araribá, evidencia mais a luta e resistência dos povos ameríndios, do que a submissão política ao branco ou ao capital.  Mostra que a independência não foi uma luta causada pelos ideais iluministas europeus, como vários livros assim o fazem, mas que a população indígena e líderes latino-americanos nativos são os responsáveis pela independência, e consequentemente pela construção histórica latino-americana, contrapondo assim a visão de Galeano, de que apenas as forças externas movimentam a história latino-americana. Enaltece a ação dos povos indígenas, que na visão de Galeano são os vencidos. No livro percebemos nitidamente a ideia de que os indígenas, mesmo sendo excluídos de participação política, resistiram e ainda resistem no processo histórico da América. O livro Projeto Araribá evidencia uma ideologia relacionada a este pensamento de Leandro Karnal: “... A análise da recepção desta obra mostrar como as ideias na América Latina ingressam mediante sua representação retórica e seu apelo. Não se trata de dizer,como se dizia outrora, que temos uma efetivação “imperfeita” das ideias europeias, como o Liberalismo, por exemplo, mas que apreendemos o Liberalismo de uma maneira distinta daquela que o gerou na Europa. Da mesma forma que o Socialismo Marxista, o Anarquismo, o Catolicismo e vários ismos, as populações da América Latina interagem de uma forma muito variada com estas matrizes teóricas clássicas, em parte pela tradição indígena de integração de legados culturais.” Notamos também que o livro Projeto Araribá destaca a participação das nações indígenas da América Latina no processo de independência, apesar de deixar claro que os mesmos foram excluídos. É preciso estar atentos para não incorrer neste erro conceitual feito por Galeano de mostrar os indígenas, como submetidos ao domínio externo, visão de vencidos. Como nos afirma Leandro Karnal, referindo-se a obra de Galeano, “... Por fim, há no livro toda uma ideia de um passado mais glorioso. O último parágrafo fala da “reconstrução da América Latina”. Esta reconstrução pressupõe que tenha existido um período construído, de prosperidade e maior justiça. Como não o foi o período colonial e o independente, só podemos estar diante de um elogio ao período indígena pré-colombiano. Este é um dado comum a vários analistas. Nenhuma contradição estrutural é atribuída ao período pré-colombiano. A imensa expansão imperial inca, o domínio da Federação encabeça por Tenochtitlán sobre A Mesoamerica e outros fenômenos não são destacados na sua violência, na exploração de povos conquistados mediante tributos ou na imposição cultural.”
A autora: Zilda Palloni Somense




O escritor Paulo Freire deixou um legado a respeito de uma educação libertadora, que utiliza a realidade do educando como instrumento para a construção do conhecimento.  Sua obra, durante o período militar foi vista como subversiva, já que contemplava a educação através do pequenos, dos oprimidos e daqueles que o sistema excluía, Freire apresentou um método de alfabetização preocupada com estes. Por este motivo foi obrigado a exilar-se em países latino americanos como Bolívia, Chile e depois para os Estados Unidos, terminando em Genebra, onde foi professor da Universidade de Genebra. Em 1980, volta ao Brasil, após a lei da anistia. De acordo com  Centros de Estudos Paulo Freire ...O período do exílio foi duramente vivido. Assim escreveu na Pedagogia da esperança (Freire, P., 1992, p.35): “É difícil viver o exílio. Esperar a carta que se extraviou, e notícias do fato que não se deu. Esperar às vezes gente certa que chega, às vezes ir ao aeroporto simplesmente esperar, como se o verbo fosse intransitivo.” Mas, ao mesmo tempo, lhe proporcionou a oportunidade de consolidar seu pensamento.
Apesar de difícil, foi no exílio que Paulo conseguiu desenvolver seu pensamento libertário em relação a maneira de ensinar e aprender. Esta é a maior lição que poderemos ter de Paulo Freire. Sua vida e obra é aprendizagem constante, cada pensamento tem um ensinamento, como exemplo, deixarei como citação esta poesia ao dizer sobre a morte da esposa Elza...“1986 – É um processo lento e difícil. Eu só saio disso se eu sair. Eu não posso ser saído, puxado por alguém. Decidir que eu saio é romper. Decidir é ruptura. Ficar com o morto é a tendência. Ficar com o que está vivo, essa é a decisão! Em momentos como eu experimento agora, morre-se um pouco. Muito de mim ficou vivo. Tenho uma lealdade para com a minha sobrevivência.” Quanta sabedoria! Bem o sabemos que se não querermos não sairemos de uma crise, precisar tomar a decisão e esta é uma tarefa difícil, uma ruptura mesmo, e no caso da morte de Elza, como foi difícil sair daquela dor. No entanto,  e graças a Deus, ele escolheu viver para o bem da educação no Brasil, pois ele muito nos ensinou até 1997 e se hoje temos um ensino preocupado com a maioria e uma educação libertária, devemos à obra de Paulo Freire!
Obras do educador Paulo Freire:
• A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.

A estação ferroviária Paulista, que tanto contribuiu para o crescimento da cidade
Aqui vai um pouco da cidade que me recebeu a partir de 2012: Rio Claro, que um dia chamou-se São João Batista do Ribeirão Claro ou São João Batista do Morro Azul! E sua história esta ligada à descoberta do ouro  no Mato Grosso, no século XVIII( período em que o Brasil ainda era uma colônia) e a consequente febre do ouro, pois para fugirem da febre que exterminava as expedições nas rotas do Rio Tietê, que na época chamava-se Anhembi,  os paulistas(bandeirantes) acabaram por buscar  outro caminho por terra, apesar de ser mais longo. Moradores de Campinas, São Carlos e outras localidades iam em massa para o Mato Grosso e faziam a rota Tatuibi Limoeiro, mas tarde chamada Tatu Limeira-Morro Azul, ganhando o sertão de Araraquara, chegando ao Mato Grosso. Dessa forma, os primeiros habitantes de nossa cidade, fixaram residência nas planícies do Morro Azul e Ribeirão Claro, na sede pelo ouro, acabaram por apossar-se de terras da maneira que melhor lhe conviesse. As primeiras casas nas glebas da margem do Ribeirão Claro começaram a surgir por volta de 1719. Casa rudes de pau a pique cobertas de sapé e folhas de indaiá.  Em 1876, passa por aqui o ramal férreo de Campinas a Rio Claro, inaugurando-se a estação local. Recebeu iluminação elétrica já em 1885, tornando-se a segunda cidade do Brasil a receber tais melhorias. O comércio desde meados do século XIX crescia, pois chegavam nos trens diversos mascates para atender as necessidades dos moradores, inclusive os moradores da roça. Chegando aqui comerciantes das mais variadas nacionalidades. O primeiro estabelecimento comercial de Rio Claro era do empreendedor Sr. Felício Antonio Castellano, em 1874, como nome de Casa Castellano, com a venda de artigos de bazar e após, secos e molhados. Entraram como sócios da Casa Castellano, João Baptista Fitipaldi, Miguel Covello e Antonio Santomauro, e a casa passou a vender louças e ferragens, renovando o comércio da cidade com novos estoques. Em 1876, o comércio Rio Clarense se torna mais próspero com a chegada da ferrovia, que provoca a triplicação do comércio, surgindo novos estabelecimentos, como a Casa Farani (vendas de tecidos), chapéus e calçados; a Casa Pilla(1877) com a venda de secos e molhados, vidros, ferragens e a Padaria Zoega(1883), foi o primeiro estabelecimento deste gênero na cidade. O comércio cresceu tanto que a conhecida rua do meio passou a ser chamada de Rua do Comércio (a atual Avenida 1). Acompanhando o modelo de desenvolvimento capitalista mundial, onde o comércio tem fator de grande importância baseado na flexibilização produtiva, na década de 1970, em Rio Claro desponta o setor terciário, tornando a cidade um pólo regional, tanto no quesito comércio, como no de prestação de serviços públicos. 
Igreja Matriz São João Batista

Praça da Liberdade, centro da cidade

Área Urbana de Rio claro
Companhia Paulista de Estradas de Ferro - rotunda de Rio Claro

Floresta Estadual


                                                   Vista noturna da área urbana da cidade
Ja disse em outros posts, que amor se aprende e com certeza, ja estou aprendendo amar esta cidade que me acolheu com muita hospitalidade!