Paulo Freire: Um dos maiores pedagogos do Brasil




O escritor Paulo Freire deixou um legado a respeito de uma educação libertadora, que utiliza a realidade do educando como instrumento para a construção do conhecimento.  Sua obra, durante o período militar foi vista como subversiva, já que contemplava a educação através do pequenos, dos oprimidos e daqueles que o sistema excluía, Freire apresentou um método de alfabetização preocupada com estes. Por este motivo foi obrigado a exilar-se em países latino americanos como Bolívia, Chile e depois para os Estados Unidos, terminando em Genebra, onde foi professor da Universidade de Genebra. Em 1980, volta ao Brasil, após a lei da anistia. De acordo com  Centros de Estudos Paulo Freire ...O período do exílio foi duramente vivido. Assim escreveu na Pedagogia da esperança (Freire, P., 1992, p.35): “É difícil viver o exílio. Esperar a carta que se extraviou, e notícias do fato que não se deu. Esperar às vezes gente certa que chega, às vezes ir ao aeroporto simplesmente esperar, como se o verbo fosse intransitivo.” Mas, ao mesmo tempo, lhe proporcionou a oportunidade de consolidar seu pensamento.
Apesar de difícil, foi no exílio que Paulo conseguiu desenvolver seu pensamento libertário em relação a maneira de ensinar e aprender. Esta é a maior lição que poderemos ter de Paulo Freire. Sua vida e obra é aprendizagem constante, cada pensamento tem um ensinamento, como exemplo, deixarei como citação esta poesia ao dizer sobre a morte da esposa Elza...“1986 – É um processo lento e difícil. Eu só saio disso se eu sair. Eu não posso ser saído, puxado por alguém. Decidir que eu saio é romper. Decidir é ruptura. Ficar com o morto é a tendência. Ficar com o que está vivo, essa é a decisão! Em momentos como eu experimento agora, morre-se um pouco. Muito de mim ficou vivo. Tenho uma lealdade para com a minha sobrevivência.” Quanta sabedoria! Bem o sabemos que se não querermos não sairemos de uma crise, precisar tomar a decisão e esta é uma tarefa difícil, uma ruptura mesmo, e no caso da morte de Elza, como foi difícil sair daquela dor. No entanto,  e graças a Deus, ele escolheu viver para o bem da educação no Brasil, pois ele muito nos ensinou até 1997 e se hoje temos um ensino preocupado com a maioria e uma educação libertária, devemos à obra de Paulo Freire!
Obras do educador Paulo Freire:
• A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.

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