Reuniõezinhas da década de 70!


Lembrar dos bons tempos da adolescência! Quanto rir, chorar, cantar exaustivamente até quase furar o disco! É isso ai, é a época do discão de vinil! Dançar então! Eu colocava aquele vestidinho floral e ia pra discoteca! Era fantástico ver os meninos dando os passinhos de John Travolta! Esse tempo não volta mais, mas foi muito divertido e sadio. Pena que por trás de tanta inocência, havia um propósito de nos manter alienados, afinal era década de 70 e o período militar e sua opção para o capitalismo nos fazia amar tudo o que era americano! E era assim que nós nos divertíamos: primeiramente uma amiga cedia a garagem da casa. O grupinho colocava um globo na área. Sempre tinha um (geralmente era o garoto menos paquerado ) que controlava a música, ele era o embrião do DJ! A mãe da anfitriã preparava um belo ponche de frutas. Era delicioso, a boa e velha tubaína também não faltava. Nada de cerveja! Os meninos chegavam aos poucos, ele sempre levavam uns novos amigos. Esses eram os mais cobiçados. Dentre eles, sempre tinha um que era o gatão, o mais paquerado da noite. Conseguir dançar com ele era uma proeza. Uma vitória sobre as outras meninas. Começava a festa com música dançante...era uma delícia, passos ensaiados a la Travolta, as meninas todas de saias ou vestidos  rodados, logo após o DJ colocava musica lenta. Bom como o próprio nome diz, era leeeenta, e dançávamos com aquele que ia nos tirar, independente de estar paquerando ou não, porque as vezes o papo era legal e você até gostava de saber se seria  boa companhia. Dançávamos com vários sem nenhum compromisso, se não rolava química, pelo menos nos dávamos a chance. Mas sempre tinha um que nos atraía o olhar, e se fosse recíproco...ele vinha tirar você para dançar, era uma sensação maravilhosa, de dar calafrios, quando ele colocava a mão em sua cintura com mais pressão... Mas daí, não passava as mãozinhas nervosinhas!!!! Conversávamos,  e se rolasse, não dançávamos com mais ninguém! Os dois acabavam dançando a noite toda. E só na despedida, longe dos olhares, trocavámos um beijo inocente, as vezes nem tanto! Daí pra frente o menino já era seu namorado... até reunir forças e pedir para o pai. As músicas que mais me vêem à mente são: Bee Gees ( Os embalos de sábado à noite) e (Night Fever) , ABBA, não podia faltar, nem as dançantes, nem as lentas! Ouvíamos também:  Chic e a famosa Le freak, The trammps ( Disco Inferno), Gloria Gaynor e Will Survive ( quando não representava música do movimento Gay), Kc and the sunshine band e a please dont go, Jonh Paul Young com a famosa Love is in the air, e a Born to be alive de Patrick Hernadez, Sylvester com You Make me Feel, e a inesquecível Easy e Nightshifty, quando ainda Lionel Richie era Commodores! Eis aqui algumas para vocês se deliciarem!


Commodores


Gloria Gaynor


Chic


ABBA



E assim, alienados ou não, foi assim que passei pela minha juventude, admito: foi maravilhosa!

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