Foi uma verdadeira noite no museu! Fomos recebidos pelos super profissionais: Gilson e Ricardo, figurinhas tarimbadas do museu, numa sexta feira à noite, juntamente com 35 alunos, numa faixa etária de 15 a 18 anos, os quais curiosíssimos quanto ao que aprenderiam no estudo ao museu! Foi uma noite adorável, pois todos entenderam a importância da ferrovia para construção da história de nossa cidade, assistiram a um filme com as visões de historiadores conceituados em nossa cidade: como Lidia Possas, João Francisco Tidei de Lima e do arquiteto Nilson Ghirardello, além da memória oral de vários ferroviários. Após conhecerem o acervo e a Maria Fumaça, voltaram para casa muito satisfeitos! Sabemos que tão grande recurso para aprender nossa história – o Museu Ferroviário – enfrentou, na verdade, uma “guerra”, para existir, pois desde o ano de l969, no governo do Dr. Alcides Franciscato, ele já estava previsto através da lei nº 1425.  Apesar de criado, não entrou em funcionamento nesta época, apenas em 1986 que houve condições de se repensar sua abertura, a fim de abrigar os acervos das ferrovias, Estrada de Ferro Sorocabana, Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e Companhia Paulista de Estrada de Ferro, este acervo viria de várias regiões onde o trem fez sua passagem ou foram construídas suas estações. Em 1986 estava começando a cursar História na USC acabei por trabalhar um tempo no que foi chamado de “1ª Mostra do Museu Ferroviário”, que funcionou na antiga Estação Paulista, na Rua Rio Branco, quadra três.  Me apaixonei pela ferrovia e pela sua importância histórica na cidade, principalmente quando recebia a visita de vários ferroviários e flagrar seus olhos marejados ao relembrar as peças que contavam suas histórias!  Mas não foi ainda nesta data que o museu começou a funcionar, isto se deu somente em 26 de agosto de 1989, com a inauguração da primeira exposição permanente do Museu Ferroviário Regional de Bauru, no prédio atual, situado na Rua Primeiro de Agosto, centro de Bauru, ao lado da Estação Ferroviária, antigo escritório da Diretoria Administrativa da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, num complexo de quatro salas e um auditório. Oferecendo exposição de fotografias, documentos, peças originais, maquetes e recriação de ambientes que nos remetem aos anos 30, 40 e 50. E o mais interessante está sendo os passeios numa legítima maria-fumaça, como parte integrante do projeto “Ferrovia para Todos” da Secretaria Municipal de Cultura. Estamos no caminho certo, a passos lentos, porém já caminhados, o que é um alento. Mas observando este grande espaço de tempo, da criação da lei até a implantação em 1989, podemos perceber que os órgãos municipais travaram uma guerra para que de fato o museu existisse isto porque no Brasil não há esta consciência formada sobre a importância da preservação da memória histórica, sobre o fato de que somos continuidade e que a história não finda e nem começa em nossa geração, mas é resultante da anterior e de seus caminhos acertados ou não. Rever o acervo do museu ferroviário é sentir a pulsação de vidas, seus sonhos, suas lutas, suas contradições, suas produções, suas dores e amores! O museu é vida e não velharia que deve ser preservada tão e somente. Deve ser foco de interesse e de pesquisa para a nossa atual geração a fim de que procuremos novos acertos na construção do hoje. Em nome dos meus alunos da Escola Estadual Santa Edwirges, venho publicamente agradecer a aula de história mais rica que meus alunos tiveram em suas vidas!




                                           Estação Ferroviária de Bauru

Maria Fumaça em funcionamento









Aquele dia ela acordou cansada e não quis sair com sua bolsa a tiracolo. Saiu leve, livre e solta! Saltitante sentiu-se como um pássaro na leveza do voar escapado. E sorriu, pois nada impedia o seu caminhar por entre as ruas, multidões e caminhões. Que benção subir as escadarias do metrô sem ter sua bolsa prensada e muito menos no meio da turbe e dentro dos lotados vagões! Andou sem medo de assaltos ou roubos!

Estava enfim, a mulher livre das piores sensações que experimentava cotidianamente com sua bolsa a tiracolo.
 Lembrou-se com um sorriso furtivo dos maus momentos no banheiro público, onde tinha que manter sua bolsa equilibrada com com seu salto 15,  no desempenho do ato. Era alívio total! A mulher sentia-se a melhor das criaturas!

No entanto, no decorrer do dia, sentiu falta de seus mais valiosos pertences, não pôde trocar a cor de seu batom conforme o dia passava e isto era preocupante, pois estava sem seu necessaire de batons, brilhos e blushes como gostava toda mulher, retocá-los conforme o ambiente e luminosidade, por exemplo, quando saía à rua,  usava um batom com cor mais quente, já no ambiente do fechado e de iluminação artificial do escritório,  gostava de usar uma cor mais suave, não muito sensual.
Sentiu também falta de seu kit de linhas e agulhas, o que lhe possibilitava um arranjo acidental de um botão que lhe caísse no dia a dia, só de pensar na possível situação, entrava em pânico. Sentiu muita falta de seu porta-escovas, fio dental e enxaguante bucal, pois como iria mostrar dentes limpos e paladar aromático de hortelã nas cansativas reuniões? 
Sentiu falta e como sentiu,  de seu pente e escova para a escovação diária antes de uma aparição aos clientes que tinha como função dar boas vindas na empresa! Pensava o quão tinha sido tola, abstendo-se de seu porta óculos de sol, suas lentes autocorretivas, e seu óculos de leitura quando se cansasse das lentes. A mulher  entrou  em desespero quando necessitou dos números de seu CPF, RG, holerites, carteira de motorista (usada em operações da empresa).
 Arrependeu-se ao não ter trazido consigo o porta-absorvente, pois bem nesse dia percebeu que suas regras haviam começado, não podia ser! Seu celular foi esquecido, bem como seu Pager , ao precisar de seus contatos para fechar uma publicidade que lhe daria nome e respeito na empresa. Arrependeu-se amargamente de sua aventura.
Como entraria em casa sem seu controle do portão? E como aliviaria o vozerio  noturno do horário do rush, sem seu MP4 ? Já havia complicado sua entrada sem o molho de chaves do escritório, das salas de projeção e de sua sala.  Lembrou-se também que nesse dia tinha marcado uma lista de compras com coisas pequenas que faltavam em sua casa, como o Toddy diário de seu filho, bem como as fórmulas homeopáticas do tratamento de seu marido e as suas de emagrecimento. Arrependeu-se,  porque dentro da bolsa mantinha também da fatura de seu cartão com vencimento naquele dia, o que provocaria um gasto a mais no pagamento atrasado. 
Nada mais triste do que esta situação... Mas o pior ainda estava por vir, voltou para casa molhada, pois o guarda chuva que levava consigo, a espera das mudanças bruscas do tempo, também não o tinha trazido para sua salvação,numa chuva repentina,   e na correria para se esconder  da chuva, saltou-lhe dois botões de sua blusa secretária,  o que a forçou passar por muitas situações constrangedoras e enormes  "fius  fius"   dos homens de "cantadas deselegantes" nas ruas. 
Sentia-se nua, sem nome, sem lenço, sem documento, sem identidade, pois sua bolsa era seu tudo,  e no fim de seu dia nada sobrou dela, nada que não fosse apenas um enorme vazio existencial.

A Autora Zilda Palloni Somense - Blog Senso Crítico. 

O que é felicidade?






Nenhum ser Feliz pode saber que o é. Com a felicidade acontece o mesmo que com a verdade: não se possui, mas está-se nela. Sim, a felicidade não é mais do que o estar envolvido, reflexo da segurança do seio materno. Por isso, nenhum ser feliz pode saber que o é. Para ver a felicidade, teria de dela sair: seria então como um recém-nascido. Quem diz que é feliz mente, na medida em que jura, e peca assim contra a felicidade. Só lhe é fiel quem diz: fui feliz. A única relação da consciência com a felicidade é o agradecimento: tal constitui a sua incomparável dignidade.
Theodore Adorno, in "Minima Moralia".



Como não podemos ter clareza da felicidade em nossa vida, pensa que do jeito que vives e te faz bem, são dias de felicidade, pois só saberemos depois de tê-los vivido. 


Portanto, curta o seu dia,  se acercando de coisas que façam bem a alma, como: ler um livro de que gosta, aguardar as plantas, curtir um bom filme, contemplar as estrelas, se puder, ir a um templo, visitar um amigo saudoso, 



visite uma casa de anciãos abandonados, comprar um presente sem motivo especial e dá-lo a quem se ama, enviar um email pessoal, preparar um bolo, plantar uma árvore, 




fazer uma viagem curta a um lugar que lhe traga boas lembranças ou que vão deixa-las, debruce-se sobre um projeto de estudo, vá ao túmulo de quem você sempre admirou em vida e ofereça-lhe uma oração, limpe sua casa, faça um almoço agradável...


Oras, há tantas  pequenas coisas que fazemos e podemos fazer, que nem nos apercebemos que podemos ser felizes!









Relembrando uma propaganda da Fundação Roberto Marinho de 1988, com a genial Fernanda Montenegro “Que país é este?”, onde se mostrava o que a falta de memória histórica produz: a falta de identidade de um povo, e serve para ilustrar muito bem as vicissitudes de nossa história atual. Lendo a reportagem “Patrimônio ferroviário de Bauru irá para Guararema”, senti-me impotente e ferida pela falta de respeito com a história de Bauru! Enquanto reles cidadãos (assim que me sinto) nada podemos fazer para evitar a retirada o patrimônio de cerca de três quilômetros de trilhos inativos instalados em solo bauruense. O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Codepac) de Bauru alega que houve demora da Justiça no julgamento da liminar que pede a preservação desta área e notamos que agora é tarde para evitar a saída dos trilhos para Guararema.

Mas de outro lado, notamos interesses de se construir apartamentos residenciais ao longo da Avenida Pedro de Toledo, inclusive parte dos trilhos doados à Guararema é de propriedade do grupo Marca, que há três anos aguarda autorização para construir o conjunto de apartamentos. De acordo com a reportagem, os mesmos ajudarão a revitalizar a região, valorizando o potencial turístico da cidade e seu patrimônio ferroviário. Como? “Esta linha, que integra um trecho de 100 metros dentro da propriedade do Grupo Marca, seria mantida para garantir a implantação de um projeto de ampliação do passeio da locomotiva “Maria Fumaça”.

“A ideia é que este passeio possa ser inserido dentro da nossa área, interligando a antiga Estrada de Ferro Sorocabana à Estação da NOB (Estrada de Ferro Noroeste do Brasil)”, frisa Cortellini.” De uma forma ou de outra, acredito que houve da parte de nossos governos anterior e atual a demora em tomar uma ação mais firme em relação a esta área que tanto projetou o crescimento de Bauru. Se há 10, 15 anos atrás tivessem promovido políticas para preservar toda a área central da Antiga Noroeste do Brasil, Sorocabana e Paulista, não estaríamos hoje nesta saia justa e perdendo estes trilhos, não estaríamos perdendo nossa memória histórica. Concluímos com o pensamento de Arendt (1997): “Sem testamento ou, resolvendo a metáfora, sem tradição — que selecione e nomeie, que transmita, e preserve que indique onde se encontram os tesouros e qual o seu valor — parece não haver nenhuma continuidade consciente no tempo, e portanto, humanamente falando, nem passado nem futuro, mas tão-somente a sempiterna mudança do mundo e o ciclo biológico das criaturas que nele vivem. Com certeza daqui a poucos, aliás há pouquíssimos anos, não nos lembraremos de nosso pátio ferroviário, nossa estação, e nem lembraremos onde ficava aquele relógio da Casa Lusitana...que casa Lusitana...Não nos esqueçamos que para exigirmos uma Bauru melhor no futuro, precisamos conhecer sua história para preservarmos o necessário para termos uma identidade histórica!














Títulos

1.        Harry Potter e os Talismãs da Morte Parte II
2.      Transformers 2
3.     Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés
4.      Kung Fu Panda 2
         Velocidade Furiosa 5
         A Ressaca Parte II
7.      Carros 2
8.     Rio
9.     Thor
10.  Os Smurfs
11.     X-Men: O Início
12.   Capitão América: O Primeiro Vingador
13.   Planeta dos Macacos: A Origem
14.   A Melhor Despedida de Solteira
15.   Super 8
16.   Rango
17.   The Green Hornet
18.   Engana-me Que Eu Gosto
19.   Lanterna Verde
20.Invasão Mundial: Batalha Los Angeles




Nietzsche





“O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.”
“A mulher foi o segundo erro de Deus.”
"A mulher aprende a odiar na medida em que desaprende - de encantar.”
“Onde não intervém o amor ou o ódio, a mulher sai-se mediocremente.”
“Para a mulher, o homem é um meio: o objetivo é sempre o filho.”
“Onde amor e ódio não concorrem ao jogo, o jogo da mulher torna-se medíocre.”
“Comparando no seu conjunto homem e mulher pode dizer-se: a mulher não teria engenho para se enfeitar se não tivesse o instinto do papel «secundário» que desempenha.”
“As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.”
“As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal - pela mulher.”
“Tudo na mulher é adivinha e tudo nela tem uma única solução e essa é a gravidez.”
"As mesmas paixões no homem e na mulher são diferentes em seu andamento e é por isso que o homem e a mulher jamais deixam de se desentender"
“A felicidade do homem está em "eu quero"; a felicidade da mulher, em "ele quer".
“Que o homem tenha medo da mulher quando a mulher ama porque ela não recuará diante de nenhum sacrifício e tudo o mais para ela não tem valor. Que o homem tenha medo da mulher quando a mulher odeia porque o homem, no fundo de sua alma, é malvado. Mas a mulher, no fundo da sua, é perversa.”
“Que o homem tema a mulher quando ama, pois é capaz de todo o sacrifício e qualquer outra coisa não tem mais valor.
"Que o homem tema a mulher quando odeia, porque no fundo da alma o homem é apenas malvado, mas a mulher é ruim.”

Friedrich Wilhelm Nietzsche

Fiz questão de colocar o pensamento de Nietzsche sobre as mulheres, porque nesta época em que vivemos são idéias absurdas, principalmente vindo deste filósofo tão critico e competente, sendo que a grande magia de seus pensamentos e deduções residem justamente na repulsa e desprovimento de qualquer falso moralismo ou falsos conceitos. Fica complicado ler Nietzsche dizendo que as mulheres são incapazes de amizade: “são como gatas, aves, ou quando muito, vacas”. Como isso se sucede?
Tudo bem que ele não nasceu numa época em que a mulher tivesse direitos sociais, mas ele é muito agressivo com as mulheres. Qual seria a causa? Homossexualismo? Despeito? Machismo? Pesquisando descobri alguns dados informativos que talvez possam esclarecer algo. São eles:
passou uma infância mimada e religiosa, numa casa habitada por muitas mulheres, o que incluía sua mãe, sua avó, duas tias e a irmã mais nova; Nietzsche foi rejeitado por algumas mulheres em sua vida;  freqüentador de bordéis; contraiu Sífilis, que mais pra frente levou-o à loucura; teve amizade com o megalomaníaco compositor Richard Wagner(ídolo de Hitler); 
conheceu o filósofo alemão Paul Rée e a jovem e bela intelectual russa, Lou Salomé, os três formaram uma espécie de triângulo amoroso platônico que terminou com os dois pedindo, sem sucesso, Lou em casamento e a separação em definitivo do trio. Extremamente doente, e solitário, o excesso de trabalho e a falta de reconhecimento foram demais para ele. Em 1889, Nietzsche teve um colapso e tornou-se clinicamente louco. Morre em 25 de agosto em 1900 em Weimar.
Fazendo uma rápida análise podemos concluir que Nietzsche não tinha um estilo de vida sadio, usando as mulheres para suas luxúrias, se isolou devido à DST contraída em bordéis, e talvez possa ter vindo daí seu desprezo pelas mulheres, mas não nos esqueçamos que também se apaixonou por Lou, que não correspondeu ao seu amor. Acreditamos que estes ingredientes, numa mente tão brilhante, são capazes de formular tal pensamento negativo sobre a mulher, principalmente levando em conta o tempo vivido: final do século XIX, numa sociedade machista. Sendo um grande pensador niilista, é conformista, indiferentista e não têm preocupações supremas, acha a vida aborrecida, é cínico e vazio, e em seu pensamento sagrado, Nietzsche constata a ausência do divino na cultura do seu tempo, acusando, por essa ausência e morte de Deus, a teologia metafísica. Com base na rejeição da tese da fé-segurança, que a priori funda-se numa certeza típica da ciência, Nietzsche também crítica o espírito que levará a secularização inautêntica ou ao secularismo do cristianismo. Foi um homem às avessas, como podemos observar: “Nietzsche era ele mesmo, uma negação viva ao que escreveu. Era um homem doente, de saúde instável, mórbido, que celebrou a exuberância de um corpo são; um tímido, que exaltou a coragem e a guerra; um cavalheiro com as damas, que desprezava as mulheres; alguém que fugiu do amor, mas quase se matou por causa dele; um fracote, que louvava a força e a musculatura; um míope, que se encantava com o olhar da águia, um trôpego civil, que admirava a bravura do militar, do soldado; um alemão, que dizia detestar os alemães, mas que durante muito tempo serviu-lhes frases e mais frases para alimentar a arrogância deles; um leitor voraz e um homem da cultura, que pregou as virtudes do instinto e da agressão; enfim, um impotente que celebrava a virilidade.”