Para onde vai a educação?

Acompanhando a leitura da reportagem "Alunos estão sem professor de geografia", a partir da denúncia de uma mãe, soubemos que na escola Stela Machado, em Bauru, os alunos estão sem professor de geografia desde o início do ano letivo. E como professora alerto:  a situação vai piorar! Por quais razões? Acompanhando o Jornal Nacional de 12 de maio, pude observar que o professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, no Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana, como exemplo a reportagem, mostrou o caso do professor de filosofia Eduardo Amaral, que ganha R$ 1.100 por mês, sendo ele formado pela USP e apenas com 650 alunos em 23 turmas. Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. De acordo com a reportagem, houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas. Um “aluno entrevistado, Gustavo Lovatto, de 17 anos, disse que ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”. Outro aluno disse que o desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise, pois ele acredita que o professor é tudo em um país, é uma ameaça ao futuro. E esta falta de professor vai piorar, pois os professores não estão suportando essa maratona por duas, três e até quatro, para compor o salário citado acima. Um professor nestas condições, não consegue fazer uma boa aula nos três períodos, e as aulas para se tornarem atraente à juventude dessa época midiática tem que ser bem preparada, com metodologia e recursos que atraiam os alunos e motivem-nos a participar da aula. Mas mesmo assim, o professor nem sempre atinge este aluno, pois hoje estamos vivendo uma época de mudanças de paradigmas e de valores, e a família que sempre foi o ponto de equilíbrio, por fatores mil, está se transformando. Hoje não existe mais aquele modelo de família dos anos 50, por exemplo, de pai, mãe e filhos por toda a vida. Hoje as relações estão efêmeras e até união homoafetiva estamos convivendo, e o modelo de família mudou e no seio familiar, os poderes também se alteraram, hoje marido e mulher mandam igualmente, em muitos casos, as mulheres acabam exercendo maior poder, os lares hoje estão sendo desfeitos rapidamente, pois a mulher hoje não depende economicamente de seu marido e torna-se arrimo do lar. O resultado é que a criança e a juventude estão desestruturadas e perdidas, fica difícil para a escola lidar com toda esta conjuntura social. A violência no quadro escolar aumenta dia a dia, é só ficarmos atentos aos noticiários para percebermos.  O salário e as condições de trabalho do professor sofreram uma enorme queda, desde os anos 50. Naquela época a escola era elitista e hoje, popular. Mas a qualidade também caiu para adequar-se aos números expressivos de uma educação popular. Há que se repensar e Educação num todo, há que repensar nossa carreira, nosso salário e funções. Falta ao trabalho do professor, apoio de profissionais que atuem junto, como: psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, entre outros. A escola tornou-se um terreno difícil de ser compreendido, é um retrato do social e falta a governo e sociedade tornar o trabalho do professor mais valorizado, digno e sem o fardo de executar atividades que não condizem com a função de educador, para que de fato, ele possa ensinar e aprender, transformando a realidade que se apresenta a todos nós, de maneira tranqüila e eficaz para que os alunos de fato aprendam


Assista na íntegra reportagem do Jornal Nacional, de 12/05/2011:



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